A Alemanha, conforme o Fundo Monetário Internacional, é a quinta potencia econômica mundial e uma das suas grandes características é o desenvolvimento tecnológico através da pesquisa em todas as áreas.

A Alemanha, conforme o Fundo Monetário Internacional, é a quinta potencia econômica mundial e uma das suas grandes características é o desenvolvimento tecnológico através da pesquisa em todas as áreas. A cadeia produtiva do agronegócio sempre teve um grande destaque na economia alemã pela sua grande produtividade e qualidade.

Tudo isto resulta da profissionalização e da formação do agricultor nas escolas técnicas e da implementação de tecnologias modernas. Em viagem à Alemanha, desde a semana passada, o grupo de agricultores e técnicos da área do Vale do Taquari, além de Santa Catarina e São Paulo conferiu esta realidade em visita à escola superior Landwirtschaftliche Lehranstaltern Triesdorf, em Weidenbach.

O educandário data de 1720, quando o rei da Baviera criou uma escola para agricultores. Hoje o foco da escola está centrado nos ensinamentos para produção de alimentos, meio ambiente e geração de bioenergia. Atualmente são 2,6 mil alunos permanentes que moram na escola e o número cresce a cada ano, recebendo estudantes de 35 países. O último país a ter aluno matriculado foi o Chile. Do Brasil também são vários os alunos. Em contrapartida a escola busca no Brasil subsídios para produção de bioenergia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Também estudam 600 filhos de agricultores europeus, que ampliam seus conhecimentos para aplicá-los nas propriedades. A escola, igualmente, dispõe de curso de artes domésticas, destinado para moças.

Aprender na prática

A escola ainda mantém uma granja de leite para o curso técnico em laticínios. A preocupação é para que os alunos aprendam a fazer na prática, para tanto mantém atividades com os estudantes nas propriedades rurais. Entre as atividades agrícolas da escola estão a criação de matrizes suínas, ovelhas (machos), vacas leiteiras, viveiro de mudas de árvores frutíferas, produção de sementes, criação de abelhas, destilaria de cachaça, além de escola de operação e manutenção de tratores, máquinas e implementos agrícolas.

Extensão rural

Duas escolas se ocupam com a prática dos alunos em cursos profissionalizantes, que duram desde uma semana até um ano, para jovens agricultores: uma na agricultura e outra na produção animal. O objetivo é formar técnicos para a extensão rural, preparando multiplicadores do conhecimento para atuar nas propriedades. Passam por ano 6 mil alunos nestes cursos, que somados com os demais estudantes da instituição somam 10 mil pessoas. De cada 100 novas instalações de ordenha que estão sendo instaladas na Alemanha, 80 são com robô, cujo projeto tecnológico é desenvolvido pela escola.

Escola Aberta

Para que as famílias interessadas conheçam melhor a escola, no mês de junho a escola é aberta à visitação da comunidade. Em 2009 foram 25 mil pessoas.

Bioenergia

A escola tem longa tradição neste setor. O primeiro biodigestor foi construído em 1993, que serviu para muitas pesquisas e para o novo projeto agora implantado. Hoje a escola desenvolve o projeto de geração de energia elétrica através de biodigestor, que gera 2,5 MW. Com esta energia é possível abastecer 470 residências. A escola vende a energia para a rede pública de abastecimento a 0,20 centavos de euro o quilowatt e compra a energia por 0,15 centavos de euro o quilowatt. A diferença de valores é um incentivo para produção de energia elétrica, através de recursos renováveis. Para a produção de bioenergia é empregado esterco líquido e sólido de gado e de suínos, silagem de grama e de milho.

Colaboração: Milton Tietz

Doutor Ricardo  Construindo com Você!

Data de publicação: 13/05/2010

Compartilhe!