Nos dias 23 e 24 de setembro encerrou-se o curso de Qualificação em Saúde Mental realizado na Univates, onde participaram a psicóloga Mariana Mazzarino, a enfermeira Cristiana Bergmann Sgari e a assistente social Graziela Gheno Lorenzi.

Nos dias 23 e 24 de setembro encerrou-se o curso de Qualificação em Saúde Mental realizado na Univates, onde participaram a psicóloga Mariana Mazzarino, a enfermeira Cristiana Bergmann Sgari e a assistente social Graziela Gheno Lorenzi. No dia 23, foi apresentado o projeto de intervenção a ser realizado no município, denominado Oficina Terapêutica: “A arte de reinventar a vida”, sendo que neste momento esteve presente o secretário municipal de saúde Adagir Pellegrini.

Este projeto justifica-se devido o cuidado em saúde mental no município de Doutor Ricardo, que está pautado em ações curativas, havendo poucas ações na perspectiva da saúde coletiva, com exceção do Grupo de Apoio, que acontece há nove anos.

Existem vários grupos de educação em saúde que promovem a saúde mental, porém nenhum na proposta de reinserção social e reabilitação psicossocial específico para pessoas portadoras de transtornos mentais moderados ou graves e persistentes. Então, surge a necessidade de criação de uma oficina terapêutica, como um dispositivo de cuidado e atenção aos portadores de sofrimento psíquico na proposta da política de humanização em saúde.  Para este fim, os objetivos são:

  • Proporcionar através do espaço da oficina terapêutica a reinserção social e a reabilitação psicossocial das pessoas que apresentam transtornos mentais moderados ou graves e persistentes, através da convivência em grupo e da inclusão pela arte;
  • Expressar sentimentos através da criação artística;
  • Potencializar a criatividade e ampliar habilidades através de atividades artísticas;
  • Aumentar a autonomia e melhorar a auto-estima;
  • Propiciar a melhora dos sintomas psiquiátricos e diminuir o uso da medicação;
  • Reduzir as internações psiquiátricas;
  • Acompanhar os usuários de forma mais efetiva, visando a aproximação entre a equipe interdisciplinar e os mesmos.

O público alvo são pessoas que apresentam transtornos mentais moderados ou graves e persistentes, que somente realizam tratamento medicamentoso e que, na sua maioria, encontram-se isoladas socialmente. O projeto vai iniciar em novembro com encontros quinzenais, nas sextas-feiras.

Conforme Mariana e Cristiana, a Reforma Psiquiátrica Brasileira propõe a modificação do sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação como forma de exclusão social, propondo uma rede de serviços de atenção psicossocial, visando à integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à comunidade.

“Este curso foi de suma importância para o crescimento profissional, contribuindo para ações pautadas na humanização em saúde e na atenção integral em saúde mental” afirma a enfermeira Cristiana. “Percebemos o quanto o tema é desafiante, pois o cuidado em saúde mental depende do comprometimento de uma rede de serviços e profissionais, mas ao mesmo tempo trabalhar com saúde mental é apaixonante”, complementa a psicóloga Mariana.

Com uma frase da autora  Nise da Silveira  elas acreditam que “o que melhora o atendimento é o contato afetivo de uma pessoa com a outra, é a alegria, é a falta de preconceito”.

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Data de publicação: 17/10/2010

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