A primeira viagem do grupo de idosos de Doutor Ricardo para Aparecida do Norte foi como realizar um sonho para a maioria dos idosos que participaram das viagens.
A primeira viagem do grupo de idosos de Doutor Ricardo para Aparecida do Norte foi como realizar um sonho para a maioria dos idosos que participaram das viagens. O primeiro grupo partiu de ônibus turismo na madrugada do dia 15 de setembro e retornou de avião no dia 17 a noite. O segundo grupo partiu de avião na madrugada do dia 18 e retornou de ônibus na noite do dia 20.
O prefeito Alvimar Lisot, a secretária da Assistência Catea Rolante acompanharam nas 2 viagens. Na equipe de apoio que acompanhou a viagem, também estavam profissionais da saúde.
No passeio, destaque para o Santuário de Aparecida do Norte, com a participação dos grupos em missas, inclusive sendo assistidos por familiares e amigos que estavam em casa. Frei Galvão e Canção Nova também receberam a visita dos grupos.
Ainda no Aeroporto de São Paulo, na viagem de volta do primeiro grupo, o prefeito Alvimar Lisot já afirmava que “ a viagem foi tranquila e dentro do esperado. Vejo a satisfação de quem viajou. A grande maioria não conhecia ou mesmo não tinham feito uma viagem. Valeu o investimento e, sobretudo, acompanhar esse momentos únicos na vida de nossos vovôs. Estamos pensando em novos desafios.”
Seguem os depoimentos de alguns integrantes do Grupo da Melhor Idade Felicitá:
Maria Lurdes Frozi, 64 anos – moradora do Centro
“Na verdade, quando me convidaram, não me escrevi. Minhas filhas começaram a me xingar. Foi ai que repensei e decidi marcar a viagem. Nunca imaginei que fosse assim. Imagina que com 30 pessoas seria um transtorno. Que nada, foi tudo muito bom, só faltou nos dar comida na boca. A equipe, o prefeito, a Catea não mediram esforços.
Na hora do avião, olhei pra baixo e vi morro infinito… e agora? Mas não tive medo e aquela ansiedade veio e nem deu tempo de cansar. A sensação de céu embaixo e céu em cima foi uma experiência que nunca passei. Durante o passeio eu não queria perder nada, tudo foi lindo, na pousada bem acolhidos. O santuário me pareceu algo de outro mundo, me emocionei várias vezes, me peguei pensando que minha família, será que virão conhecer? Um lugar de fé, um lugar espiritual. Não tem inicio nem fim, parece que estávamos sempre chegando.
Nunca tinha viajado de avião. Nunca vou esquecer. Quem não foi, nem imagina o que perdeu e fica a sugestão que quando tiver oportunidade, não perca. Se tivesse mais um convite, eu iria novamente.
Na verdade, não tem como agradecer a não ser um simples muito obrigado ao prefeito Alvimar, a Catea e toda a equipe que nos acompanhou e todo o nosso grupo que viajou.”
Dirceu Gasparin Dorigon, 63 anos – modador de São Brás
“Viajei com a minha esposa. Sempre acreditei que a viagem iria sair. Pra mim foi um sonho realizado. Sempre queria viajar e a oportunidade veio. Olhei bem quando entrei no avião. Ter a chance de olhar pra fora de cima, perto do céu, ver as nuvens de cima pra baixo foi a primeira vez.
Aparecida, aquilo não tem explicação, tem que ir pra ver, contar não é fácil. O lugar é muito grande. Quando entrei lá me senti aliviado, com uma paz, uma emoção muito grande. Se tiver outra oportunidade, vou de novo. Viajar com essa turma foi bem tranquilo, fomos assistidos a cada momento. Em aparecida, como valorizam o idoso, respeitam, conversam.
Parece que fiquei até mais novo, rejuvenescido, com mais vontade. Se não fosse a equipe, eu não tinha ido. Viajamos tranquilos e seguros. Fizeram tudo por nós, nos querem bem e nos valorizam. Na verdade foi um por todos e todos por um, por isso deu tão certo.”
Cenira Dama Alexandre, 73 anos – moradora da Linha Bonita Alta
“Foi a coisa mais abençoada que vivi. A Catea e o Alvimar foram nossos pai e mãe, foi um sonho sim. Cuidaram de nós. Tenho problema de coração, mas estávamos muito bem acompanhadas que nem deu tempo de lembrar e, quando voltamos, ainda fomos no baile.
Foi um passeio que nem senti nada, tudo passou rápido e de forma proveitosa. Pra mim é um sonho sim. Quando começamos a falar da viagem pensava que não iria dar certo e foi uma viagem tão legal. É tão lindo ver o santuário, participamos de 2 missas, além de visitar Frei Galvão e Canção Nova. Foram horas divertidas com muita devoção. Pedi graças pra família, pros amigos, pra todos os que não puderam vir.
Lembrar da viagem é motivo de pensar em coisas boas. O que não era bom ficou pra trás. Nem do meu problema de saúde lembro mais. A felicidade está mais presente na minha vida, me sinto mais agradável com as pessoas, espero sempre paz na vida das pessoas que pensam e fazem por nós. Me sinto feliz por poder participar e me sentir especial com o nosso Grupo da Melhor Idade.”
Salete Debiasi Andreoli, 51 anos – moradora da Linha Bonita Baixa
“Sempre tive fé na viagem e acreditava que seria uma coisa e foi outra, foi muito melhor. Vi muita coisa que nem imaginava que existia. Imaginava que a Aparecida seria pequeno, que o avião era algo não iria chegar perto, nem sei como explicar. A sensação é muito boa. O aeroporto de São Paulo é muito grande, gente do mundo inteiro, falando idiomas diferentes do nosso.
Aprendi com os lugares onde passamos, aprendi e melhorei o trato com as pessoas. Detalhes de coisas como a forma de ligar a luz, da torneira, essas situações modernas que não fazem parte do dia a dia. Ainda bem que ainda tenho oportunidade de aprender.
Viajar bem acompanhadas como fomos dá uma segurança e uma tranquilidade. Ajudei muito a minha amiga Elvira e me sinto recompensada e agradecida por esta oportunidade. A Elvira tinha recém perdido o marido e fez questão de viajar por acreditar que a viagem ia fazer bem e, de fato, fez.
Fica um marco na vida que não quero esquecer. As lembranças vêm a todo o momento durante as atividades do dia. Foi uma oportunidade que a vida deu e quando tiver outra, vou de novo. Quem não foi, deixe o medo de lado e vai. Fazer um passeio desse e ainda andar de avião foi realizar um sonho.”
Gladis Malacarne, 64 anos – moradora da Barra do Zeferino
Ainda no Aeroporto de Guarulhos, antes de embarcar.
“ Não tem explicação, eu sinceramente não esperava. Achava que nunca ia conhecer Aparecida, passear em São Paulo. É uma graça que Deus deu para os vovôs. Estou emocionada, nunca viajei de avião, não sei como é e estou aqui no aeroporto esperando a oportunidade de embarcar.
Olhar a missa pela tv é muito bom, mas participar aqui é diferente. Eu que sou da roça, nunca tinha dormido em hotel. A viagem foi tranquila, estávamos bem acompanhados e bem cuidados. Só tenho a agradecer ao prefeito e toda a equipe .
Se aparecer oportunidade, não deixe de vir, de passear. Eu pensava que ia morrer sem viajar de avião. Logo estarei de volta em Doutor Ricardo .”
Catea Rolante – Secretária da Assistência Social
“Nossa viagem foi um sucesso devido ao planejamento bem feito. Toda a viagem aconteceu dentro da normalidade sem nenhum problema, desde a saída até a volta. Isso vale aos 2 grupos, tanto na viagem de avião quanto de ônibus. Além do prefeito, que acompanhou nas 2 viagens, os profissionais, enfim a nossa equipe que acompanhou.
Como conforta ver a alegria dos vovôs em estar realizando um sonho. Sempre tive muita fé e isso com o esforço que fizemos foi recompensado. A fé em Nossa Senhora Aparecida, conhecer o Santuário, o ânimo que eles demonstraram transmitia confiança, um bem estar, um apoio recíproco.
Criamos um ambiente de sensibilidade demonstrado por todos, um cuidava do outro, uma energia nos contagiou e esse comprometimento gerou muito carinho. Tudo esteve voltado a uma boa viagem.
Quero dizer que superou todas as expectativas. Eles esperavam um cansaço natural da viagem, a ansiedade de andar de avião, porém o grupo foi com o intuito religioso muito forte, superando esses desafios. Mesmo com a experiência de vida deles, tiveram contato com outras realidades e ficavam admirados com os detalhes que conheciam, expressando da primeira vez em muitas situações.
Eles estão de coração aberto as novidades, as pequenas coisas que se apresentaram. Eu, sinceramente ouvi tantas palavras de conforto e agradecimento e isso só vem aumentar o meu comprometimento, da nossa equipe do CRAS e toda a rede envolvida. Fica o agradecimento a todos os que colaboraram. Muito obrigada!”
Data de publicação: 24/09/2013