A violência contra a mulher é um retrato de uma triste realidade que invade lares e corrói as relações entre homens e mulheres.
A violência contra a mulher é um retrato de uma triste realidade que invade lares e corrói as relações entre homens e mulheres. Conviver com a violência doméstica é se submeter diariamente à desilusão, à humilhação, à vergonha, ao constrangimento, ao medo, à dor e ao risco. Esta realidade levou a equipe multiprofissional do CRAS de Doutor Ricardo criar a campanha “Todos no combate a violência contra a Mulher”.
Esta campanha está sendo desenvolvida com objetivo de sensibilizar e orientar a sociedade ricardense a fazer uma reflexão sobre este fenômeno que é a violência contra mulher que atinge famílias de todos níveis sociais e por muitas vezes de forma velada.
O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), juntamente com as demais políticas públicas está engajado no combate a violência contra a mulher, mesmo neste momento de estar distante fisicamente, porém, unidos socialmente em prol de uma causa maior. Na página do facebook estão mais informações e ilustrações sobre esta campanha.
Assédio e objetificação da mulher
Você passa todo o tempo observando seu corpo? Verificando se ele está nos padrões de beleza, preocupada como os outros estão lhe vendo? Sempre alerta se a roupa não está marcando nada ou se a blusa não está decotada demais… Isso lhe é comum???
Infelizmente, se sua resposta é sim, não se preocupe, este comportamento é tristemente esperado na sociedade atual.
Culturalmente, é ensinado que o corpo e aparência são as principais fontes de poder, valor e felicidade, o que pode deixar a mulher confusa em relação a autoestima e confiança. Essa falsa impressão provoca sofrimento e a busca incansável por um padrão de beleza, as vezes, inatingível, deixando prisioneiras desse modelo de sociedade. Muitas vezes, em ambientes familiares ou profissionais mulheres são hostilizadas pelo seu peso, altura, cabelo, formato de corpo e demais atributos físicos. Para romper com essa cultura precisa-se questionar e compreender o que provoca esse estigma.
No início dos anos 70 surgiu o termo objetificação, que significa analisar um indivíduo no mesmo nível de um objeto, sem considerar seu emocional ou psicológico. Quando se fala de objetificação do corpo feminino está-se referindo à banalização da imagem da mulher, ou seja, quando a aparência importa mais do que todos os outros aspectos que as definem enquanto indivíduos.
Mulheres que vivem em ambientes de objetificação tendem a se auto-objetificar e também a objetificar outras mulheres, sofrendo assim, danos de autoestima e de socialização. Isso leva a sérias consequências físicas e mentais, além de surgimento de comportamentos inadequados que impactam nos aspectos psicológicos e no bem-estar dessas mulheres.
Para combater a objetificação é necessário mostrar para as mulheres que elas são indivíduos completos e capazes, que podem ser muito mais do que objetos de satisfação masculina.
Essa cultura de objetificação levam muitas mulheres a sofrerem assédio sexual que é uma violência contra a mulher. Em setembro de 2018 foi instituída a Lei nº 13.718, do código penal que passou considerar crime o assédio sexual. Nesse caso, não precisa haver contato físico para que haja a agressão. Palavras constrangedoras, tentativa de toques e avanços sem permissão da outra pessoa, constrangimento com brincadeiras de teor sexual, observações sobre partes do corpo da vítima, pressão psicológica em troca de favores fazem parte das atitudes de quem assedia uma pessoa.
É importante lembrar que a culpa não é da vítima e que todos somos livres e merecedores de respeito! A equipe do Cras está à disposição de todos os usuários e, neste caso especial, de todas as mulheres que precisam de ajuda, ou que estão passando por situações que necessitem de mais cuidados.
Data de publicação: 17/06/2020