DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é um serviço da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) realizado no CRAS. O serviço é realizado em grupos de acordo com seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social já realizado com as famílias acompanhadas e prevenir a ocorrência de situações de risco social.

 No CRAS de Doutor Ricardo o Serviço é dividido em grupos de crianças de 0 a 1 ano, 1 a 3 anos, 4 a 5 anos, sendo esses acompanhados pelos seus cuidadores, e crianças de 6 a 9 anos e 10 a 12 anos, totalizando cerca de 60 crianças. Os grupos de crianças de até 5 anos têm a finalidade de desenvolver atividades de convivência, fortalecimento de vínculos e socialização centradas na brincadeira, com foco na garantia das seguranças de acolhida e convívio familiar e comunitário, por meio de experiências lúdicas, acesso a brinquedos favorecedores do desenvolvimento e da sociabilidade e momentos de brincadeiras fortalecedoras do convívio com familiares.

Com as famílias, o serviço busca estabelecer discussões reflexivas, atividades direcionadas ao fortalecimento de vínculos e orientação sobre o cuidado com a criança pequena. Já nos grupos de 6 a 12 anos busca-se a constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social.

No mês de abril foi trabalhado com todos os grupos do CRAS a temática da Diversidade e Inclusão Social. A Diversidade Social se refere ao encontro de pessoas de diferentes lugares e com experiências de vida diversas, incluindo variadas etnias, religiões, culturas, idiomas, identidade e gênero, classe social, níveis de educação e pontos de vista.

E por meio da inclusão social busca-se promover o acesso igual de participação, oportunidades e direitos a todas as pessoas, sem discriminação e preconceitos. A partir disso, procura-se garantir um tratamento diferenciado em igualdade de condições e oportunidades, entendendo que as necessidades de cada um para exercer seu papel na sociedade são diferentes e precisam ser atendidas de forma justa.

Diante disso, foram realizadas diversas atividades com as crianças e cuidadores do SCFV. Com o grupo de 0 a 1 ano foi feito um fantoche e uma dinâmica com balões com os pais para abordar o assunto. Alguns bebês deste grupo ainda não frequentam escola, sendo no serviço o primeiro contato com outras crianças. Com o grupo de 2 a 3 anos, os cuidadores e as crianças construíram um desenho em tamanho real da criança para que pudessem notar que cada criança é diferente e que essas diferenças precisam ser respeitadas.

Já no grupo de 4 a 5 anos, foi assistido um trecho do filme “Procurando Dory” para abordar a temática da diversidade e inclusão. Já com as crianças de 6 a 9 anos foi exibido o filme “Como treinar seu dragão” e com as crianças de 10 a 12 anos o filme “Extraordinário” que auxiliaram na compreensão e discussão da temática da diversidade e inclusão.

Os conceitos de diversidade e inclusão estão presentes no CRAS e no SCFV durante todo o ano, sendo garantido que os usuários tenham suas diferenças respeitadas e sejam incluídos nas atividades e ações realizadas. Sendo assim, todas as atividades são pensadas para garantir a inclusão de todos, além de que o serviço busca inserir as famílias que tenham alguma vulnerabilidade social, como é o caso das pessoas com deficiência.

Conforme Cristina Siqueira da Silva, mãe do Arthur Friederich, 4 anos “Desde o diagnóstico de autismo de Arthur muita coisa mudou, começamos a entender o porquê de certas crises, atitudes diferentes e olhares distantes, desde então, são novos desafios e aprendizados todos os dias. O grupo de convivência tem sido muito bom para nós pais e para o Arthur também, pois tem ajudado ele na socialização, principalmente com crianças da idade dele. O grupo também proporciona a realização de atividades e brincadeiras diferentes, o que faz com que ele preste mais atenção na forma que as crianças brincam, mesmo quando os olhares são rápidos percebemos o interesse que foi despertado. Estamos muito felizes com a inclusão do Arthur no grupo, pois podemos perceber que ele gosta de ir e ficar no ambiente, também de forma geral o Arthur foi muito bem recebido, pelos pais, crianças e profissionais que participam do grupo de convivência.”

Também tem a participação do Enzo Gabriel Sartori da Silva de 3 anos, diagnosticado com Síndrome de Down, e sua mãe, Luciane Sartori “Está sendo muito importante para o desenvolvimento dele, a convivência com as demais crianças do serviço. Nós tivemos que ir aprendendo e conhecendo a forma de agir com o Enzo no dia a dia e a equipe do CRAS tem nos apoiado. Com ajuda do serviço e também da APAE conseguimos aprender muitas coisas e melhorar cada vez mais a nossa relação familiar com o Enzo.”

Data de publicação: 04/05/2023